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Criptomoeda LINK: o que é, como funciona e como comprar?

Você já ouviu falar na criptomoeda LINK? Se não, talvez você a conheça por outro nome: Chainlink. A Chainlink (LINK) é uma plataforma blockchain projetada para ampliar o uso de contratos inteligentes no ambiente corporativo.

Em um mundo digital cada vez mais interconectado, a Chainlink se destaca por sua capacidade de conectar dados e transações do mundo real com a tecnologia blockchain, criando um ambiente propício para a adoção dessas tecnologias pelas empresas.

A plataforma utiliza seu token nativo, LINK, que alcançou uma capitalização de mercado impressionante, superior a R$ 19 bilhões em 2022.

Com o crescimento e a popularidade da Chainlink, muitas perguntas surgiram sobre este ativo, incluindo suas funcionalidades e as vantagens que oferece.

Neste artigo, vamos explorar esses aspectos em detalhes deste ativo, como, por exemplo, as funcionalidades e vantagens da Chainlink.

Antes de começar, tenha atenção que a terminologia “criptomoeda” é apenas uma generalização informal e pode ser inadequada, pois sugere que todos os ativos virtuais funcionam como dinheiro, enquanto muitos têm funções diversas e não necessariamente são usados como meio de troca. O termo “ativos virtuais” é mais preciso e abrangente, refletindo essa diversidade de usos.

A Chainlink é uma plataforma de blockchain que vai além do simples armazenamento de dados. Ela permite que empresas de diversos setores, especialmente instituições financeiras, utilizem sua robusta rede para integrar e conectar dados e transações entre diferentes blockchains, além de ambientes online e offline.

O nome “Chainlink” reflete sua função principal: ser uma “ligação entre cadeias” (blockchains).

A plataforma usa uma rede descentralizada de oráculos, que são nós responsáveis por captar, processar e integrar dados do mundo real em contratos inteligentes de forma segura e confiável.

Isso assegura que as informações possam interagir fluidamente entre ambientes offline e online, mantendo a integridade e a confiabilidade dos contratos inteligentes.

Os tokens LINK são a “moeda” nativa da rede Chainlink. Eles incentivam a participação dos usuários e recompensam os operadores que mantêm e operam a rede, desempenhando um papel crucial no funcionamento dos oráculos.

A Chainlink foi criada Sergey Nazarov e, foi oficialmente lançada em junho de 2019, embora os preparativos e a visão por trás da plataforma tenham começado a tomar forma já em 2017 com seu ICO (Oferta Inicial de Moedas). 

Durante essa oferta inicial, foram criados um bilhão de tokens, dos quais 350 milhões foram disponibilizados ao público, levantando impressionantes US$ 32 milhões. 

O capital arrecadado foi crucial para financiar o desenvolvimento contínuo da plataforma e atrair a atenção de grandes empresas.

A Chainlink expandiu significativamente sua notoriedade quando grandes players, como Google, WEB3 Foundation, e Swift, começaram a explorar e integrar sua tecnologia.

A Swift, reconhecida como uma multinacional que facilita sistemas de pagamento interbancário, é um dos principais parceiros da Chainlink, e o fundador da DocuSign, Tom Gonser, atua como consultor, ajudando a orientar o crescimento e a estratégia da plataforma.
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Nem todos sabem, mas a tecnologia por trás da Chainlink é complexa e multifacetada, oferecendo soluções únicas que resolvem desafios críticos associados aos contratos inteligentes e ao uso de dados do mundo real em blockchains.

Por isso, vamos te explicar melhor sobre as tecnologias que compõem a criptomoeda LINK para que você possa entender o funcionamento dela.

Contratos inteligentes

Os smart contracts, ou contratos inteligentes, são protocolos descentralizados que executam automaticamente ações previamente codificadas. 

Esses contratos tratam e verificam dados com um alto grau de confiabilidade, economizando tempo e recursos que seriam gastos se tais processos fossem conduzidos manualmente.

Na prática, o blockchain não apenas certifica a validade das transações e informações, mas as transforma em registros únicos e seguros que interagem entre si, garantindo a integridade do sistema.

Entretanto, os smart contracts têm uma limitação significativa: eles não conseguem acessar diretamente dados externos à blockchain. 

É aqui que a Chainlink se destaca, atuando como um canal que transporta dados do mundo real para dentro da blockchain, onde podem ser processados pelos smart contracts

Esses contratos lidam frequentemente com operações complexas, como contratos financeiros que requerem dados de mercado atualizados ou contratos de seguros que dependem de informações específicas para execução de políticas de pagamento.

Informações do mundo real

A Chainlink permite a incorporação de uma variedade de dados externos que podem influenciar decisivamente setores econômicos, especialmente o financeiro. 

Esses dados podem incluir, por exemplo, resultados de jogos de futebol, informações logísticas de grandes embarcações, ou até mesmo a cotação de diferentes moedas, incluindo criptomoedas

Essas informações são essenciais para a tokenização de ativos não fungíveis (NFTs), como obras de arte, garantindo sua autenticidade e propriedade na blockchain.

Validação das informações dos oráculos

A arquitetura da Chainlink é dividida em duas partes principais: a infraestrutura on-chain, que opera dentro da blockchain, e a infraestrutura off-chain, responsável por capturar os dados do mundo real.

Os oráculos desempenham um papel crucial nesse sistema, agindo como intermediários que apostam suas próprias moedas LINK para validar a precisão e integridade das informações fornecidas. 

Este processo, conhecido como Proof of Stake (PoS), não só ajuda a inserir novas unidades de LINK na rede, mas também garante a confiabilidade dos dados por meio de um sistema de reputação.

Essa abordagem de validação faz da Chainlink uma ferramenta poderosa para o equilíbrio entre diferentes sistemas e blockchains.

A adoção de qualquer ativo virtual ou tecnologia blockchain vem acompanhada de uma série de benefícios e desafios, e o Chainlink não é exceção. 

Abaixo vamos te mostrar quais são as vantagens e as desvantagens associadas ao uso da LINK, considerando o contexto específico de cada investidor e suas necessidades.

  • Precisão e segurança dos dados: o core do funcionamento do Chainlink baseia-se na precisão, segurança e na descentralização dos dados;
  • Middleware flexível: desenvolvido como um middleware, o protocolo Chainlink facilita a interação entre contratos inteligentes e sistemas externos. Esta capacidade permite não apenas a depuração de contratos inteligentes, mas também o aprimoramento e integração com uma ampla gama de serviços e dados externos;
  • Oráculo descentralizado: a criptomoeda oferece um serviço crítico ao possibilitar que contratos inteligentes acessem dados reais e precisos do mundo exterior, essenciais para a execução de suas operações;
  • Estrutura extensível: a plataforma é projetada para ser extremamente extensível, permitindo o acesso e a disponibilização de uma vasta quantidade de informações;
  • Facilidade de adoção e operação de nós: a simplicidade na instalação e operação dos nós Chainlink permite uma rápida expansão da rede. Qualquer pessoa com capacidade técnica pode configurar um nó e começar a prestar serviços;
  • Descentralização completa: a estrutura descentralizada da rede não só fortalece a segurança contra ataques centralizados como também promove uma operação transparente e aberta. 

Embora a Chainlink ofereça uma série de vantagens significativas, como qualquer tecnologia, ele também enfrenta desafios e limitações importantes para os investidores e usuários considerarem:

  • Complexidade técnica: a natureza complexa dos oráculos e da infraestrutura necessária para operar eficientemente a rede Chainlink pode ser um obstáculo para usuários menos experientes ou organizações sem um forte suporte técnico;
  • Dependência de oráculos: a precisão e a segurança dos dados processados pelo Chainlink dependem fortemente da integridade dos oráculos que fornecem esses dados. Apesar dos mecanismos de incentivo e penalidades, existe sempre o risco de manipulação ou erro humano, o que pode comprometer a confiabilidade dos contratos inteligentes;
  • Custos de transação: o uso de oráculos para buscar dados do mundo real pode envolver custos de transação que podem ser significativos, dependendo da complexidade e da frequência das consultas realizadas pelos contratos inteligentes;
  • Escalabilidade: o crescimento rápido e a adoção em larga escala podem levar a desafios de escalabilidade, como lentidão nas transações ou aumento nos custos operacionais, especialmente durante picos de alta demanda;
  • Riscos de segurança: como com qualquer tecnologia baseada em blockchain, existem riscos inerentes de segurança, incluindo potenciais vulnerabilidades que ainda podem ser exploradas por atores mal-intencionados.