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[Temporada de Balanços 1T22] Petrobras, Bradesco, Ambev e Suzano têm lucros bilionários

O Boletim da Temporada de Balanços do 1T22 da Toro Investimentos traz para você, semanalmente, quem se destacou no último trimestre contábil e quais são as perspectivas para o longo prazo destas companhias, segundo nosso time de experts.  

▶️ Opinião dos especialistas

Quer entender com mais detalhes os resultados dessas empresas no 1º trimestre de 2022, como elas abriram o ano e as perspectivas delas para o futuro? 

Os experts da Toro, Paloma Brum e João Freitas, comentaram os destaques da 2ª semana da temporada de balanços.

Confira, no vídeo a seguir, o replay da live em que os especialistas destacam os principais pontos dos números apresentados por cada empresa:

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⭐Destaques da temporada de balanços

Todas as semanas, os Analistas da Toro Investimentos comentam os resultados trimestrais das principais empresas da Bolsa de Valores.

É a chance de se atualizar sobre as empresas das quais que você é acionista/ ou encontrar boas oportunidades para investir. 

Desta vez, as empresas com balanços do 1T22 analisados são: 3R Petroleum, Ambev, Bradesco, CSN, Gerdau, Iguatemi, Lojas Renner, Pague Menos, Petrobras, PetroRio, Petz e Suzano.

1. 3R Petroleum (RRRP3)

A 3R Petroleum reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Prejuízo líquido R$ 335,1 milhõesPrejuízo líquido R$ 44 milhões+662,2%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A companhia justificou o prejuízo maior pelos “efeitos negativos de marcação a mercado dos instrumentos derivativos de hedge de Brent e das aplicações financeiras indexadas ao dólar”.
  • Em termos de receita líquida, a 3R obteve R$ 375,29 milhões, alta de 182% ante os R$ 132,8 milhões do 1T21.
  • A produção total de barris por dia foi de 9.164, alta de 67,9% e o preço médio da venda de óleo foi 72,7% maior.

A 3R também obteve a redução de seu lifting cost (custo de extração) em 4,1% no trimestre contra trimestre. No operacional, o Ebitda ajustado totalizou R$ 198,5 milhões no 1T22, altas de 140,3% T/T e 150,3% A/A. Além disso, a margem EBITDA retornou para patamares acima de 50%,
confirmando o melhor trimestre de operação da empresa.

2. Ambev (ABEV3)

A Ambev reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido ajustado de R$ 3,551 bilhõesLucro líquido de R$ 2,762 bilhões+28,6%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • O volume total cresceu 3,6% na comparação anual, sobretudo pelo crescimento das vendas no Brasil (+17%) e América Latina (+3%).
  • A receita líquida da companhia foi 18,5% maior, impulsionada principalmente pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”) de 14,5%.
  • No operacional, o Ebitda ajustado da Ambev cresceu 10,2% pelo desempenho da receita líquida e menor crescimento de despesas com vendas.

A administração celebrou o resultado em virtude de um mês de janeiro desafiador e com o cancelamento das festividades de rua no carnaval, mas com a retomada do consumo fora de  casa em fevereiro e março. Por fim, a empresa também sofreu com as pressões dos custos vindas das commodities, aumentando a relação de CPV/hl (custo dos produtos vendidos por hectolitro).

3. Bradesco (BBDC4)

O Bradesco reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido recorrente R$ 6,821 bilhõesLucro líquido recorrente de R$ 6,515 bilhões +4,7%

Pontos-chave para entender o resultado: 

  • O Bradesco teve, neste trimestre, maiores receitas com crédito e controle de despesas.
  • Houve crescimento de 18,3% na carteira de crédito expandida, com destaque para linhas mais lucrativas.
  • A receita de prestação de serviços aumentou 6,7% em 12 meses e as despesas operacionais cresceram 4,4% na mesma base de comparação.

O Bradesco também informou que reviu suas previsões para 2022 e a margem de clientes deve crescer de 18% a 22%, acima da previsão anterior de 8% a 12%. Além disso, o banco também prevê maior crescimento nas receitas com serviços entre 4% e 8% e maiores despesas operacionais de 8% a 12%. 

4. CSN (CSNA3)

A CSN reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido de R$1,364 bilhãoLucro líquido de R$ 5,697 bilhões-76%

Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A CSN justificou parte do resultado em razão das fortes chuvas no Sudeste e das pressões nos custos do carvão e do coque. 
  • A companhia celebrou o desempenho operacional acima do trimestre anterior, totalizando R$ 4,7 bilhões. 
  • Nas vendas, houve redução do volume de aço de 12% e de minério de ferro de 16% quando comparado com o 1T21, 

Na receita, a companhia observou crescimento de 13,6%, somando R$11,770 bilhões ante o 4T21 e retração ante o 1T21. Já o custo dos produtos vendidos aumentou 10,3% ante o último trimestre de 2021 e 18% contra o 1º tri do ano passado. Ainda assim, a margem bruta apresentou crescimento de 1,8 p.p. devido à recuperação do segmento de mineração.

5. Gerdau (GGBR4)

A Gerdau reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido ajustado de R$ 2,940 bilhõesLucro líquido ajustado de R$ 2,471 bilhões+19%

Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A companhia obteve o melhor Ebitda ajustado para um 1º trimestre, atingindo R$ 5,8 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 28,7%.
  • O nível de endividamento alcança menor nível histórico, com a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado diminuindo de 0,96x para 0,2x na comparação com o primeiro trimestre de 2021.
  • Em termos de receitas, a Gerdau apurou receita líquida de R$ 20,33 bilhões, aumento de 24% ante igual período do ano passado. 

Na produção, a companhia entregou maior quantidade de aço bruto comparado com o último trimestre de 2021 e o 1º tri do ano passado, operado em 75% da capacidade produtiva. A Gerdau obteve 42,2% de suas receitas no Brasil, 35,5% na América do Norte, 13,8% dos aços especiais e 8,4% na América do Sul. 

6. Iguatemi (IGTI11)

A Iguatemi reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Prejuízo líquido de R$ 17,3 milhõesLucro líquido de R$ 19,6 milhõesReversão do lucro


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • Ao excluir o efeito da variação do preço da Infracommerce, o resultado trimestral foi de lucro de R$ 40,9 milhões. 
  • A empresa ainda destacou o crescimento de 83% no lucro operacional, totalizando R$ 106 milhões.
  • A receita líquida subiu 35% comparando com o 1T21, chegando a R$ 225,7 milhões e o Ebitda consolidado bateu a marca dos R$147,8 milhões, cifra 45,9% maior na mesma base.

A Iguatemi, na prévia operacional, havia informado que as vendas totais nos seus shoppings chegaram a R$3,3 bilhões, alta de 77% na base anual e acima dos níveis pré-pandemia. Contudo, os indicadores da taxa de ocupação e fluxo de veículos seguem em média abaixo de um ano antes. 

7. Lojas Renner (LREN3)

A Lojas Renner reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido de R$ 191,6 milhõesPrejuízo líquido de R$ 147,7 milhõesReversão de prejuízo


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A receita líquida da Renner no trimestre foi de R$ 2,229 bilhões, um aumento de 63,4% ante o mesmo período do ano passado e 35% acima do 1T19, antes da pandemia.
  • No operacional, o Ebitda ajustado foi de R$ 383,2 milhões, alta de 1.106% comparado com o 1T21.
  • O GMV (Gross Merchandise Volume, que significa volume bruto de mercadorias) foi 38,7% maior ante 2021 e 416% ante 2019. 

A empresa começou janeiro com incertezas causadas pela pandemia e suas variantes, mas com a redução de casos e reaquecimento dos shoppings, houve aceleração nos meses subsequentes. A administração também ressalta a boa aceitação da coleção outono-inverno, aumentando o share no período. Já seus serviços financeiros fecharam com lucro de R$85,2 milhões (.22,4%).

8. PagueMenos (PGMN3)

A PagueMenos reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido ajustado 24,4 milhõesLucro líquido ajustado de R$ 44,2 milhões-44,8%%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A empresa segue focada no seus planos de expansão, especialmente no norte e nordeste, e concluiu a abertura de 10 novas lojas, chegando a 1.169 pontos de venda.
  • Nas vendas, a receita bruta totalizou R$2,111 bilhões, alta de 10,5% ante o mesmo período de 2021. A venda média por loja cresceu 4,5%, chegando a R$603 mil.
  • No operacional, o Ebitda avançou 1,9%, somando R$162,4 milhões. 

No dia 9 de maio, o Cade recomendou a aprovação da venda da Extrafarma para a Paguemenos, um importante passo na expansão da companhia. O acordo, se aprovado em setembro, trará mais de 350 lojas para a rede de farmácias. 

9. Petrobras (PETR4)

A Petrobras reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido de R$ 44,561 bilhõesLucro líquido de R$ 1,167 bilhão+3.718,4%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • Este é o maior lucro já apurado por uma empresa da Bolsa de Valores em primeiros trimestres na história, revelou levantamento da TC/Economatica.
  • O resultado vem, principalmente, da redução de encargos com pagamento de dívida, pelo impulsionamento do preço do petróleo pela guerra na Ucrânia e aumento das receitas com o mercado interno. 
  • No operacional, o Ebitda ajustado somou R$77,71 bilhões, alta de 58,8% ante o 1T21. Já a receita líquida fechou em R$141,64 bilhões, crescimento de 64,4%. O relatório informou que 72% da receita da Petrobras vem das vendas de diesel e gasolina no mercado interno.
  • No endividamento, a companhia reduziu a dívida bruta de US$70,966 bi para US$58,554 bilhões.

No final do ano passado, a Petrobras havia anunciado um lucro anual recorde ao terminar 2021 com o acumulado de R$ 106,6 bilhões. Após o anúncio dos números, a estatal informou que a forte geração de caixa permitiu a aprovação do pagamento de R$ 48,5 bilhões (R$ 3,71549 por ação) em dividendos.

10. PetroRio (PRIO3)

A PetroRio reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido de US$ 223,4 milhõesPrejuízo líquido de R$ 12,009 milhõesReversão de prejuízo


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A empresa também se beneficiou dos preços elevados do petróleo no mercado internacional ao mesmo tempo em que aumentou a sua produção para 35.189 (bbd/d), acima dos 31.317 do ano passado.
  • A receita líquida totalizou US$ 310 milhões (+158%) e o Ebitda ajustado fechou em US$232 milhões (+171%). 
  • O lifting cost (custo de extração) foi de US$ 11,2, o menor já registrado pela PetroRio, contribuindo para seus resultados.

Por fim, a companhia também aumentou sua posição de caixa para US$ 1,149 bilhão frente aos US$ 592 milhões do 1º tri de 2021. Portanto, o lucro da companhia foi sustentado pelo forte crescimento do Ebitda e da receita líquida em um cenário que o preço médio do Brent ficou na casa dos US$ 97,90 (+59,7%) e o preço médio de venda da empresa foi de US$ 110,28 (+77,3%).

11. Petz (PETZ3)

A Suzano reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido ajustado de R$ 21,1 milhõesLucro líquido ajustado de R$ 13,3 milhões+57,7%


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • A receita líquida da empresa no período foi de R$ 632,3 milhões, crescimento de 39,2% na base anual. 
  • No operacional, o Ebitda ajustado somou R$ 52 milhões no trimestre, cifra 29,6% acima do mesmo tri de 2021. 
  • A Petz também inaugurou novas 10 lojas neste trimestre, totalizando 178 unidades, sendo que 42 pontos de venda foram abertos nos últimos 12 meses. 

Mesmo com números positivos, as açoes da Petz apresentaram fortes quedas nos dias seguintes aos balanços com os investidores ainda preocupado com as empresas do varejo pressionadas pela inflação e redução do consumo, além dos temores com os repasses de preços pela empresa e pressão sobre as margens. 

12. Suzano (SUZB3)

A Suzano reportou o seguinte resultado na divulgação do balanço do 1º trimestre de 2022:

Resultado do 1T22Resultado do 1T21Variação (%)
Lucro líquido de R$ 10,3 bilhõesPrejuízo líquido de R$ 2,8 bilhõesReversão de prejuízo


Pontos-chave para entender o resultado: 

  • O resultado vem positivo e surpreendente mesmo devido à paradas para manutenção em fábricas e baixo nível de estoques.
  • A Suzano foi beneficiada pela alta de 20% no preço médio líquido da celulose no mercado externo (US$639/ton) e de 26% do preço médio líquido do papel (R$5.619/ton) ante o 1T21.
  • A receita líquida do trimestre foi de R$ 9,743 bilhões (+10%) e o Ebitda ajustado finalizou em R$ 5,121 bilhões (+5%).

Por fim, os resultados da Suzano vieram positivos mesmo com a redução de 10% vs. 1T21 nas vendas de celulose, que totalizaram 2.382 milhões de toneladas, graças ao aumento dos preços da commodity devido às restrições logísticas na cadeia de suprimentos e baixa disponibilidade no mercado. Já as vendas de papel, na mesma base de comparação, avançaram 7%, totalizando 312 mil toneladas.

Tear-Off Calendar on Google Agenda de balanços do 1T22
 

As seguintes empresas divulgam seus resultados do 1º trimestre do ano nos próximos dias:

EmpresaData
Mobly10/05
Alupar10/05
BrasilAgro10/05
Cury10/05
CVC10/05
Log-In10/05
Qualicorp10/05
São Carlos10/05
Valid10/05
Vivara10/05
Aliansce Sonae11/05
Alliar11/05
Banco do Brasil11/05
Braskem11/05
Copel11/05
Equatorial11/05
Fras-Le11/05
JBS11/05
Light11/05
Locaweb11/05
Mahle-Metal Leve11/05
Mater Dei11/05
MRV Engenharia11/05
Positivo Tecnologia11/05
Santos Brasil11/05
SLC Agrícola11/05
SulAmérica11/05
Ultrapar11/05
Bradespar11/05
Ambipar12/05
B312/05
brMalls12/05
Cogna Educação12/05
CCR12/05
CPFL Energia12/05
Energisa12/05
Eneva12/05
EZTec Empreendimentos12/05
Grupo Soma12/05
Hermes Pardini12/05
JHSF12/05
Magazine Luiza12/05
Rede D’Or São Luiz12/05
Vibra Energia12/05
YDUQS12/05
Cemig13/05
Copasa13/05
Cosan13/05
Cyrela13/05
Raízen13/05
M. Dias Branco13/05
Por que acompanhar os resultados trimestrais?

Independentemente se você investe para o curto ou para o longo prazo, os resultados trimestrais das empresas listadas na Bolsa fornecem valiosos indicadores sobre o momento atual das companhias e sua expectativa de crescimento no futuro.

Se você é acionista/ de uma empresa de capital aberto e investe para o longo prazo, é o momento de avaliar o desempenho apresentado, fazer a leitura da atualização dos múltiplos na Análise Fundamentalista, estudar o crescimento da companhia e observar como ela performa frente às suas concorrentes.

Já se você opera no curto prazo, estar por dentro dos balanços trimestrais é fundamental para compreender como o mercado vai interpretar os resultados reportados, seja eles acima, em linha ou abaixo das expectativas dos investidores.

nerd-face_1f913Quem são os especialistas da Toro? 

Conheça os Analistas de Investimentos da Toro que comentam os balanços das empresas nesta temporada:

 
Foto-paloma-redondoPaloma Brum – Analista de Investimentos com certificação CNPI, formada em Economia pelo IBMEC e em Relações Internacionais pela PUC Minas. Atua com foco no mercado de capitais, especialmente em análises de ativos para longo prazo, macroeconomia e Fundos de Investimento.

 
Foto-joao-redondoJoão Freitas– Analista de Investimentos com certificação CNPI-P e PQO operações. Tem experiência na área financeira e mercado de capitais, com foco em análise e planejamento de carteiras de FIIs e mercado internacional. Formado em Administração de Empresas pela PUC Minas e em Gestão Financeira pelo UniBH, possui mais de 5 anos de experiência com investimentos e atua na Toro Investimentos desde 2018.
 

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