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ETF de urânio: descubra como se posicionar de maneira simples nesse mercado

O ETF de urânio permite ao investidor se expor a empresas e indústrias que tem como foco a mineração, exploração e refinamento do urânio e a geração de energia através deste elemento.

Investidores mais arrojados podem usar esse ativo de forma estratégica e se expor a uma expectativa global: a crescente importância do urânio para a geração de energia elétrica.

Apesar de essa ser uma tendência, a possibilidade de investir em ETFs de urânio ainda é pouco explorada, principalmente no mercado brasileiro. 

Se você quer saber mais sobre os ETFs de urânio, continue a leitura deste artigo.

A importância do urânio

Com o aumento da demanda por energia elétrica e a crescente preocupação com uma matriz energética mais confiável e não tão dependente das condições climáticas, o urânio vem ganhando cada vez mais importância.

Ao longo do tempo, principalmente após o acidente em Fukushima em 2011, houve uma redução na utilização de energia nuclear ao redor do mundo.

Porém, diante das possibilidades de geração energética, as usinas nucleares estão voltando a ser utilizadas. Isso porque ela não depende das condições climáticas, não emite gás carbônico e pode ser utilizada por todos os países.

Por isso, alguns países divulgaram a construção de usinas nucleares e o aumento desse tipo de energia em sua matriz energética.

Outro uso muito relevante do urânio, embora o foco em energia seja o principal, é o desenvolvimento de equipamentos militares.

O que são ETFs de urânio?

Os ETFs (Exchange Traded Fund) são fundos negociados em Bolsa que replicam determinado indicador do mercado financeiro, e possuem como objetivo igualar ou superar o indicador.

Normalmente esse índice está ligado à performance de um grupo de empresas que possuem alguma similaridade entre si, seja no ramo de atuação, tamanho da companhia ou outra característica.

No caso dos ETFs de urânio eles irão acompanhar e replicar índices relacionados ao urânio. Por exemplo, o BURA39, um ETF de urânio da Bolsa brasileira acompanha o Solactive Global Uranium & Nuclear Components Total Return Index.

Por meio desses fundos, investidores podem investir com uma única ação em empresas e indústrias que passam desde a mineração no urânio até a geração de energia por meio dele.

Os ETFs são negociados na Bolsa como se fossem uma ação. Ou seja, para comprá-los basta acessar a corretora, procurar pelo código do ETF escolhido e realizar a compra. 

Porém, ao comprá-lo você não adquire uma parte da companhia, mas sim passa a fazer parte de um fundo que investe em diversas empresas.

ETFS de urânio na B3

Existe na B3 a possibilidade de o investidor investir em um ETF de urânio. O ativo é um BDR de ETF negociado com o código BURA39.

Esse ETF tem como objetivo acompanhar o Solactive Global Uranium & Nuclear Components Total Return Index.

O índice é composto por empresas que exploram o urânio ou desenvolvem tecnologias relacionadas ao seu uso. As principais companhias são:

  • Cameco – 24,88%.
  • Sprott Physical Uranium – 8,08%.
  • Nexgen Energy – 5,26%.

Além da valorização das empresas, esse ativo também funciona como proteção cambial, uma vez que é afetado pela variação do dólar.

Confira no gráfico abaixo o histórico de desempenho do BURA39:

Confira mais informações sobre esse ETF:

Informações do BURA39
GestorGlobal X
Taxa de administração0,69

Como investir em BURA39

Caso o seu interesse seja investir no ETF de urânio disponível na bolsa, o passo a passo a seguir ajudará.

Porém, antes de começar, é importante destacar que o processo para investir nele é o mesmo usado para comprar qualquer outra ação ou FII.

Aliás, essa praticidade para investir em ETFs é uma característica importante desse ativo, principalmente para quem quer se expor ao urânio de maneira fácil. Confira agora o passo a passo:

1. Abrir conta em uma corretora de valores

O primeiro passo é criar sua conta em uma corretora. Por ser um ativo negociado na Bolsa de Valores, esse passo é essencial.

2. Envie dinheiro para a conta da corretora

Após a abertura de conta, será preciso transferir o valor a ser investido para a conta da corretora, uma vez que é por ela que será negociado o ativo.

3. Procure o ETF de urânio

Para investir em urânio por meio da B3, o código do ativo é o BURA39, um ETF que acompanha o índice de urânio Solactive Global Uranium & Nuclear Components Total Return Index.

4. Envie a ordem e aguarde sua execução

Encontrado o ativo, será preciso informar a quantidade a ser comprada do ativo e enviar a ordem para que a corretora execute.

Outros ETFs de urânio disponíveis

Saindo um pouco do mercado brasileiro, existem outros ETFs de urânio disponíveis no mercado internacional.

A diferença entre eles é o foco de cada fundo e a empresa gestora do fundo. Conheça agora quais são esses outros ETFs e qual o foco de cada um deles:

ETFCaracterística
ETF URAEmpresas relacionadas à produção de urânio e componentes nucleares.
ETF URNMEmpresas com foco na mineração, exploração, desenvolvimento e produção de urânio.
ETF HURAEmpresas focadas em produção de energia nuclear.
ETF NLREmpresas focadas em produção de energia nuclear.
Fonte: B3

⚠️ Lembrando que os ativos citados neste artigo não são recomendações de compra ou venda nem necessariamente expressam a opinião dos Analistas de Investimentos da Toro.

Benefícios e riscos dos ETFs de urânio

Agora que já foi explicado o que são os ETFs de urânio e quais os principais disponíveis ao investidor, no Brasil e no mundo, chegou o momento de analisar quais os benefícios e riscos desse invesitimento.

Essa análise não é exaustiva e busca apresentar um aspecto mais geral do mercado em que o urânio está inserido, não sendo uma análise de um ativo específico e não substituindo um estudo mais aprofundado sobre o tema.

Vantagens do ETF de urânio

  • Possibilidade de aumento da demanda do urânio
  • Investir em uma fonte de energia limpa
  • Diversificar seus investimentos com um ativo
  • Possibilidade de exposição a toda a cadeia do urânio

Riscos dos fundos de urânio

  • Desastres ambientais que podem diminuiu o uso do urânio
  • Alto custo e demora para construção de usinas nucleares
  • Dependência de decisões governamentais
  • Surgimento de uma fonte de energia mais econômica e segura

Lembrando que o mais indicado, sempre, é possuir uma carteira de investimento diversificada, permitindo ao investidor se expor à diversos mercados e minimizando os riscos.

Vale a pena investir em ETF de urânio?

O investimento em urânio pode ser interessante para o investidor que quer diversificar sua carteira de investimentos.

A utilização de ETFs é uma estratégia interessante para simplificar o investimento garantindo que ele não estará concentrado em uma empresa apenas.

Porém, por se tratar de uma alocação de risco, que envolve renda variável e um setor muito regulado, como o de geração de energia elétrica, é importante ter um perfil de investidor adequado.

Como explicado até aqui, as expectativas sobre o futuro do urânio são de um aumento de demanda e da importância desse elemento para a geração de energia. 

Por isso, a exposição a ativos que possam se aproveitar dessas perspectivas se torna interessante.