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Ondas de Elliott: o que são e como utilizar na Análise Técnica?

As Ondas de Elliott são uma teoria de Análise Técnica utilizada para explorar os ciclos e as tendências do mercado. Ela também está relacionada a mudanças persistentes no sentimento e na psicologia do trader.

Mas afinal, como utilizar essa teoria para conseguir potencializar suas operações de trading? Qual é a importância de conhecer as Ondas de Elliott na Análise Técnica? Como ela funciona na prática?

Essas e outras questões serão abordadas neste artigo. Por isso, continue a leitura para entender esse princípio e como utilizá-lo da melhor forma possível nas suas negociações de curto prazo na Bolsa de Valores.

O que são Ondas de Elliott?

Ondas de Elliott são uma teoria de Análise Técnica desenvolvida pelo contador e autor norte-americano Ralph Nelson Elliott na década de 1930.

Elliott estudou por muitos anos o mercado de ações e, inspirado pela Teoria de Dow, comparou o ritmo das ondas à flutuação de preços no mercado.

Elliott observou que o mercado seguia alguns padrões, mas que estes variavam na amplitude e no tempo. Por isso, os 3 aspectos mais importantes da teoria de Elliott são: os padrões, as proporções e o tempo.

Em resumo, a Teoria das Ondas de Elliott sugere que os movimentos dos preços das ações podem ser previstos estudando seu histórico, à medida em que os mercados se movem em padrões semelhantes a ondas, impulsionados pelo sentimento do trader.

Para deixar essa definição mais clara, no próximo tópico, vamos explicar como as Ondas de Elliott funcionam. 

Como funciona a Teoria das Ondas de Elliott?

O comportamento da multidão produz padrões e tendências que vemos também no mercado financeiro. Nesse sentido, o padrão de onda, segundo a definição de Elliott, é a manifestação física da psicologia de massa.

Isso significa que esses padrões não aparecem apenas nos mercados, mas em qualquer lugar em que humanos tomem decisões conjuntas. Podemos citar como exemplo preços de moradias ou tendências da moda.

Com base na observação e compreensão dos movimentos do mercado, o estudo de Elliott reflete a atitude coletiva das massas. Em outras palavras, ele argumentou que as flutuações do mercado são resultado das reações de traders aos fatores externos, levando o mercado a alternar entre otimismo e pânico.

Além disso, Elliott identificou que as tendências de alta e baixa seguem um padrão repetitivo, subdividindo-se em padrões menores conhecidos como ondas.

Existem, inclusive, diferentes tipos de ondas. Confira o próximo tópico para entender melhor.

Quais são os tipos de ondas?

A teoria das Ondas de Elliott compreende principalmente dois tipos de ondas – ondas motrizes (ondas de impulso) e ondas corretivas.

Ondas de impulso ou motriz são movimentos que ocorrem na direção de uma tendência. Por outro lado, as ondas corretivas ocorrem na direção oposta à tendência atual. 

Elliott explica que o mercado segue um ritmo repetitivo de 5 ondas de avanço seguidas por 3 de declínio. Dessa forma, as ondas 1, 3 e 5 seguem a tendência principal e são chamadas ondas de impulso. As ondas 2 e 4 são as corretivas. Depois da onda 5, o avanço está terminado.

Segundo a teoria, uma onda corretiva consiste em três ondas – A, B e C. As ondas A e C são ondas de impulso, enquanto a onda B é uma onda de retração.

Em resumo, as ondas corretivas (ABC) se dividem em 3 menores, sendo duas na direção da correção e outra na direção oposta, corrigindo essa correção. De modo geral, esse é o padrão harmônico dos movimentos em ondas das oscilações de preços de ativos.

Na figura abaixo, veja um exemplo do diagrama das Ondas de Elliott:

Em um mercado em alta (bull market), uma onda motriz leva o preço das ações para cima, enquanto uma onda corretiva reverte a tendência. Mas, em um mercado em baixa (bear market), uma onda motriz derrubaria o preço das ações e uma onda corretiva levaria o preço das ações para cima.

Portanto, em um mercado em baixa, o diagrama de Ondas de Elliott consistirá em cinco ondas (1, 2, 3, 4 e 5) levando o preço para baixo e três ondas (A, B e C) levando o preço para cima. 

Abaixo, veja um exemplo das Ondas de Elliott no Profit Toro Trader:

Quais são as características das Ondas de Elliott?

Agora que você conheceu os principais tipos, vamos entender um pouco mais sobre as características de cada uma das ondas.

  • Onda 1: É a primeira onda da tendência principal, que tende a ser impulsiva e inicia a direção da tendência.
  • Onda 2: É a onda corretiva, que tende a ser contra a direção da onda 1 e pode ser uma onda de correção ou uma onda de consolidação.
  • Onda 3: É a onda impulsiva mais longa e forte da tendência principal.
  • Onda 4: É uma onda corretiva curta e fraca, que tende a ser uma onda de consolidação.
  • Onda 5: É a última onda impulsiva da tendência principal, que tende a ser a onda final da tendência.

As ondas de correção são compostas por 3 ondas menores:

  • Onda A: É a primeira onda da correção, que tende a ser impulsiva e contra a direção da tendência principal.
  • Onda B: É a segunda onda da correção, que tende a ser uma onda de correção ou consolidação.
  • Onda C: É a última onda da correção, que tende a ser impulsiva e na mesma direção da tendência principal.

Qual é a relação da Teoria de Elliott com a Teoria de Dow?

Como citamos anteriormente, Elliott foi inspirado pela Teoria de Dow. Ambas são abordagens que procuram prever a direção futura dos preços dos ativos financeiros. Embora sejam conceitos distintos, eles têm algumas semelhanças e relações importantes.

Teoria de Dow foi desenvolvida por Charles H. Dow no final do século XIX. Ele afirmava que o mercado financeiro é guiado por três tendências principais: a tendência primária, secundária e terciária.

Por sua vez, a Teoria das Ondas de Elliott afirma que o movimento dos preços dos ativos segue um padrão repetitivo de cinco ondas impulsivas seguidas por três ondas corretivas.

A relação entre as duas está no fato de que a Teoria de Dow pode ser vista como a tendência de longo prazo enquanto que as ondas de Elliott descrevem o movimento dos preços em um período mais curto.

Em outras palavras, as ondas de Elliott podem ser consideradas uma ferramenta que permite verificar as tendências mais curtas dentro da tendência de longo prazo identificada pela Teoria de Dow.

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Vale a pena usar as Ondas de Elliott nas operações de trading?

A Teoria das Ondas de Elliott é uma ferramenta popular na Análise Técnica e pode ser bastante útil para traders. Entretanto, quando o assunto é Renda Variável e operações diárias na Bolsa, lembre-se que existem riscos envolvidos. 

É importante ressaltar que não há nenhuma garantia de que a Teoria das Ondas de Elliott sempre ofereça resultados lucrativos. Por isso, é importante considerá-la como apenas uma de várias ferramentas de Análise Técnica que podem ser usadas no trading.

Contudo, ela também oferece vantagens, como: 

  • Identificação de tendências: as Ondas de Elliott permitem identificar as tendências nos movimentos de preços dos ativos, o que pode ser útil para uma tomada de decisão mais acertada.
  • Previsão de preços: permite aos traders ter uma ideia de como o preço de um ativo pode se movimentar futuramente.
  • Identificação de pontos de entrada e saída de posições: ajuda a identificar pontos de entrada e saída de posições, o que é importante para maximizar lucros e minimizar riscos.

Por fim, agora que você sabe como funcionam as Ondas de Elliott, que tal se aprofundar mais em Análise Técnica? Para tirar suas dúvidas em tempo real com os Analistas da Toro, confira a nossa live Day Trade ao vivo.

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