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[Temporada de Balanços 3T21] Gerdau, Marfrig e Petrobras se destacam na 1ª semana

O Boletim da Temporada de Balanços do 3T21 da Toro Investimentos traz para você, semanalmente, um resumo dos resultados trimestrais das principais empresas da Bolsa de Valores com o comentário sob a perspectiva fundamentalista do nosso time de Análise. Confira quem se destacou no último trimestre contábil e quais são as perspectivas para o longo prazo nestas companhias.

Magnifying Glass Tilted Right on WhatsApp 2.21.16.20Por que acompanhar os resultados trimestrais?

Independentemente se você investe para o curto ou para o longo prazo, os resultados trimestrais das empresas listadas na Bolsa fornecem valiosos indicadores sobre o momento atual das companhias e sua expectativa de crescimento no futuro.

Se você é acionista/ de uma empresa de capital aberto e investe para o longo prazo, é o momento de avaliar o desempenho apresentado, fazer a leitura da atualização dos múltiplos na Análise Fundamentalista, estudar o crescimento da companhia e observar como ela performa frente às suas concorrentes.

Já se você opera no curto prazo, estar por dentro dos balanços trimestrais é fundamental para compreender como o mercado vai interpretar os resultados reportados, seja eles acima, em linha ou abaixo das expectativas dos investidores.

Stock Chart on LG Destaques da temporada de balanços

Todas as semanas, os Analistas da Toro Investimentos comentam os resultados das principais empresas da Bolsa de Valores. Nesta semana, as empresas com balanços do 3º tri analisados são: Ambev, Banco Inter, Gerdau, Marfrig, Petrobras, Suzano, Transmissão Paulista, Vale e Weg.

1. Ambev (ABEV3)

A Ambev reportou lucro líquido de R$3,71 bilhões no 3º trimestre deste ano. O valor é 57,4% maior do que o lucro do 3T20. A receita líquida da companhia saltou de R$15,604 bilhões no trimestre analisado no ano passado para R$18.492 bi em 2021, um avanço de 18,5%. No operacional, o Ebitda ajustado fechou 7,8% superior ao ano passado ao bater R$ 5,468 bilhões.

Em um momento produtivo forte, a companhia de bebidas atingiu os maiores volumes consolidados já registrado para terceiros trimestres ao produzir 45,65 milhões de hectolitros. A empresa se vê também favorecida pelo retorno dos clientes ao consumo fora de casa, favorecendo as vendas das marcas premium. Em outubro, a empresa também anunciou que faria um reajuste nos preços das cervejas, reflexo principalmente do movimento inflacionário.

Na divulgação dos resultados, a Ambev destacou que, pelo 5º trimestre consecutivo, obteve desempenho superior ao da indústria como um todo. Além disso, a companhia celebrou o lançamento da marca Spaten, um novo nome para concorrer no mercado do puro malte. Já as marcas tradicionais de cerveja (Skol, Brahma e Antarctica) cresceram acima do 3T20 e 3T19. Por fim, no setor de não alcoólicos, a receita líquida cresceu 22,4% ante o 3T20.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, João Freitas, sobre os resultados da Ambev:

2. Banco Inter (BIDI11)

Na divulgação dos seus resultados trimestrais, o Banco Inter informou lucro líquido de R$19,2 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo trimestre de 2020. No número de clientes, conseguiu uma ampliação de 94% em 12 meses ao bater a marca de 14 milhões. Em termos de receitas, o Banco Inter registrou crescimento de 149% nas receitas totais, chegando a R$869 milhões, e 157% a mais em receitas de serviços, totalizando R$ 345 milhões.

Na carta aos acionista/s, o CEO do Banco Inter, João Menin, também ressaltou os números na receita. “Nos primeiros 9 meses de 2021, superamos os R$2 bilhões em receitas totais, o que representa um crescimento de 123% contra o mesmo período de 2020. Como reflexo, apresentamos uma receita média por cliente de R$207,19 no 3º tri, crescimento de 20% em relação ao 3T20”, afirmou.

O noticiário trimestral do banco digital também foi marcado pela reorganização societária e a busca da listagem da empresa nos EUA após a compra da USend. Por fim, as ações do Banco Inter estiveram entre as mais voláteis do trimestre, muitas vezes figurando ora entre as maiores altas, ora entre as maiores baixas diárias do Ibovespa.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, João Freitas, sobre os resultados do Banco Inter:

3. Gerdau (GGBR4)

A Gerdau surpreendeu ao apresentar lucro líquido trimestral de R$5,59 bilhões, 604% a mais do que o mesmo trimestre do ano passado. A receita líquida, por sua vez, avançou 74% ante o 3T20 ao bater R$21,317 bilhões. Já a produção de aço bruto subiu 7% (3.416 milhões de toneladas) e as vendas de aço avançaram 2% (3.253 milhões de toneladas).

A Gerdau ainda chamou atenção para suas vendas na América do Norte, sobretudo com o bom momento das commodities e dos preços internacionais do aço que estão em níveis historicamente altos. Segundo a empresa, 34,4% da receita líquida veio da América do Norte, 43% do Brasil e 22% da América do Sul e dos aços especiais.

A companhia destacou em seu relatório que a capacidade de produção se manteve em torno de 80%, sendo este o melhor nível desde 2018. A Gerdau ainda atribui os bons números nas vendas ao “momento favorável da indústria do aço combinado com o portfólio de produtos de maior valor agregado”. Por fim, no desempenho operacional, o Ebitda ajustado (R$7,023 bi) e a margem Ebitda (32,9%) bateram recordes históricos em um único trimestre na companhia.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, Lucas Carvalho, sobre os resultados da Gerdau:

4. Marfrig (MRFG3)

A Marfrig informou, nos resultados do 3º tri de 2021, lucro líquido de R$1,7 bilhão, cifra 148,7% maior que o mesmo trimestre de 2020. Com alta de 40,4%, a receita líquida chegou a R$23,6 bilhões e o Ebitida ajustado bateu os R$4,7 bilhões, 115% superior ao 3T20. Na América do Norte e América do Sul, a Marfrig registrou receita de R$16,729 bilhões e R$6,9 bilhões, respectivamente.

A companhia atribuiu o crescimento da demanda na América do Norte principalmente ao movimento de reabertura da economia dos EUA e ao consumo ainda impulsionado pelos estímulos do governo federal. O preço das carnes também favoreceu o resultado, sendo que o valor foi 43% superior ante o mesmo período de 2020.

No Brasil, a empresa apresentou um número 11% menor em abate de gado, especialmente devido à “escassez de matéria-prima e auto suspensão temporária das exportações brasileiras à China”. Neste cenário, sua diversificação geográfica permitiu que a receita e o Ebitida ajustado batessem recordes na história da empresa. Os principais destinos de exportações foram: Ásia, América do Norte e União Europeia.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, Lucas Carvalho, sobre os resultados da Marfrig:

5. Petrobras (PETR4)

A estatal brasileira de petróleo reverteu o prejuízo de R$ 1,5 bilhão do 3T20 e apresentou lucro de R$31,1 bilhões no 3T21. O resultado veio acima das expectativas do mercado que estimavam lucro na casa dos R$20 bi. No mercado interno, as maiores fontes de receitas foram o diesel (47%), a gasolina (23%) e GLP (9%). 

No seu relatório de resultados, a Petrobras ressaltou os ganhos de receita. “No 3T21, a receita líquida alcançou US$ 23,3 bilhões, um aumento de 10,8% em relação ao 2T21, devido  principalmente à valorização do Brent de 7%, ao aumento dos volumes e preços de derivados no mercado interno e à maior receita de gás natural e energia elétrica. A receita com derivados no mercado interno foi 19,2% superior ao 2T21, com destaque para as vendas de diesel, gasolina e QAV”, informou.

O resultado foi impulsionado pela valorização do petróleo no mercado internacional e pela maior receita com a venda de combustíveis no mercado interno. Além disso, o cenário do câmbio favoreceu a receita de vendas que saltou de R$13,148 bilhões no 3T20 para R$ 23,255 bi este ano. A companhia informou um dólar médio de venda de R$5,23.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, João Freitas, sobre os resultados da Petrobras:

6. Suzano (SUZB3)

A Suzano, maior companhia em produção de celulose de eucalipto do planeta, apresentou seus resultados do 3º tri de 2021 e anunciou prejuízo líquido de R$959 milhões, número 17% menor que o prejuízo do 3T20. Em termos de receita, houve um salto de 44% na mesma base de comparação, saindo de R$7,47 bilhões em 2020 para R$10,76 bilhões em 2021. O Ebitida fechou a R$6,310 bilhões, o maior em um trimestre na história da Suzano.

Os ganhos de receita vieram pela cotação elevada da celulose no mercado internacional, o que possibilitou que a Suzano vendesse maior quantidade da commodity (+6%) e de papel (+5%). A empresa também destacou a forte demanda por celulose na Europa e América do Norte, apesar do arrefecimento da demanda chinesa.

A companhia, além do maior preço médio da celulose, também foi beneficiada com o patamar elevado do dólar e do preço médio do papel. No volume de vendas 2,564 milhões de toneladas foram enviadas ao mercado externo, enquanto 445.227 toneladas foram consumidas no mercado interno.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, Lucas Carvalho, sobre os resultados da Suzano:

7. Transmissão Paulista – Isa Cteep (TRPL4)

A companhia de transmissão de energia elétrica Isa Cteep reportou lucro líquido de R$188 milhões no 3º trimestre, queda de 53% ante o mesmo tri de 2020. Em termos de receita líquida, houve redução de 7,7% na mesma base de comparação, sendo que o resultado de 2021 foi de R$758,4 milhões. O Ebitda reduziu 15,5% do 3T20 para o 3T21, chegando a R$565,4 milhões.

Segundo a companhia, a variação negativa da receita se deve ao “reconhecimento de itens não recorrentes em 2020, de parcela de ajuste da revisão tarifária periódica (RTP) e remuneração de componente financeiro da RBSE”. De acordo com a administração da empresa, esses fatores de ordem não recorrente devem continuar afetando os resultados da Transmissão Paulista até 2023.

A Isa Cteep é a maior empresa privada do setor do Brasil e, por estar no segmento de transmissão, não sofreu tanto com os impactos da crise hídrica-energética brasileira. 

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, Lucas Carvalho, sobre os resultados da Isa Cteep:

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8. Vale (VALE3)

A mineradora reportou lucro líquido de R$20,203 bilhões, 29,4% a mais contra o mesmo trimestre de 2020. Nos números da receita, houve avanço de 14,4%, chegando a R$66,261 bilhões, queda em relação aos primeiros três meses de 2021. De julho a setembro, a Vale produziu cerca de 90 milhões de toneladas.

Contudo, o lucro do 3º tri foi inferior aos R$40 bilhões reportados no 2º trimestre e dos R$30,5 bilhões do 1T21, sobretudo devido ao declínio dos preços do minério no ano, mesmo que tenha sido amenizada pelo valor do dólar. O fluxo de caixa livre da empresa cresceu US$1,238 bilhão em comparação ao 2T21, totalizando US$7,765 bilhões.

Nos resultados, a Vale chamou a atenção para a distribuição de US$7,391 bilhões aos acionista/s e um programa de recompra de até 200 milhões de ações com o intuito de gerar mais valor para o acionista/.

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, Lucas Carvalho, sobre os resultados da Vale:

9. Weg (WEGE3)

No 3º trimestre, a Weg elevou o lucro líquido trimestral a R$812,9 milhões, 26,2% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida do período bateu R$6,198 bilhões, subindo 29,1%, sendo que R$2,9 bilhões vieram do mercado interno e R$3,2 bi do mercado externo.

No desempenho operacional, o Ebitida chegou a R$1,144 bilhão, sendo 22,3% superior ao 3T20 e 17,9% abaixo do 2T21. A empresa também chamou atenção ao crescimento de 8 pontos no ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido), que chegou aos 31,3%. 

Na mensagem da administração, a companhia ressaltou o mercado nacional como principal destaque “com a continuidade da boa demanda observada nos últimos trimestres. A receita dos equipamentos de ciclo curto continuou positiva, tanto para o segmento industrial quanto para o comercial, com destaque para os negócios de motores elétricos (industriais e comerciais), automação e geração solar distribuída”.

Por fim, a Weg destaca ainda que os problemas de suprimentos na cadeia global e o aumento do custo de determinadas matérias-primas pressionaram as margens para baixo neste trimestre. Por outro lado, os preços das commodities favoreceram investimentos em indústrias como óleo&gás, mineração, papel&celulose, o que também foi positivo para a Weg, que já construiu sua carteira de pedidos para os próximos meses. 

Speaker High Volume on WhatsApp 2.21.16.20Palavra do Analista – ouça o comentário do Analista de Investimentos da Toro, João Freitas, sobre os resultados da Weg:

 

Tear-Off Calendar on Google Agenda de balanços 3T21
 
Confira quais empresas da Bolsa de Valores publicam resultados do 3º trimestre na próxima semana:
Data Empresa
29/10 Usiminas
29/10 Cambuci
29/10 Celulose Irani
03/11 Pão de Açúcar
03/11 Itaú
03/11 Copasa
03/11 Banco Pan
03/11 Cielo
03/11 PetroRio
03/11 Ultra
03/11 Arezzo
03/11 PagueMenos
03/11 Unidas
03/11 Rede D’Or
03/11 CSN Mineração
03/11 AES Brasil
03/11 CSN
03/11 Marcopolo
04/11 Engie
Nerd Face on Google Android 12.0Quem são os Analistas da Toro? 


Conheça os Analistas da Toro que comentam os balanços das empresas nesta temporada:

 
joao-freitasJoão Freitas – Analista de Investimentos com certificação CNPI-T e PQO operações. Tem experiência na área financeira e mercado de capitais, com foco em análise e planejamento de carteiras focadas em Fundos de Investimentos Imobiliários. Formado em Gestão Financeira pelo UniBH, desde de 2018 atua na Toro Investimentos.
 
 
lucas-carvalhoLucas Carvalho – Analista de Investimentos com certificação CNPI – Pleno. Tem experiência na área financeira e mercado de capitais, com foco em análises de longo prazo, valuation e cenário econômico. Formado em Economia (PUC-MG), pós-graduado em Gestão de Negócios e MBA em Finanças pelo Ibmec.

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